Depois de rescisão polêmica no SP, Ceni terá multa bem menor no Fortaleza
Marcel Rizzo
16/11/2017 04h00
A multa rescisória de Rogério Ceni em caso de rompimento de contrato com o Fortaleza será o valor que se faltará pagar do acordo assinado por um ano. Vale para caso o clube opte pela demissão, mas também se o treinador decidir sair – caso receba uma proposta, por exemplo, terá que pagar a indenização.
O seu salário, segundo o jornal O Povo, é de aproximadamente de R$ 150 mil mensais, o que dará um acumulado ao final do contrato de quase R$ 2 milhões. Caso, por exemplo, ele saia em junho, faltarão cinco meses para o fim do acordo, em novembro, portanto a parte que decidir pelo rompimento arcaria com R$ 750 mil.
É bem menos do que o contrato com o São Paulo, seu primeiro clube como treinador, estipulava. No Morumbi de dezembro do ano passado a julho de 2017, a multa que o clube deveria pagar era de R$ 5 milhões caso ele conseguisse aproveitamento de pontos superior à média de seus três antecessores, de 40%. Ele saiu com 49,5%, portanto com direito a receber o valor.
Em setembro, o UOL Esporte publicou que o São Paulo pagaria essa rescisão de forma parcelada. Quando assinou o contrato em dezembro de 2016, Ceni temia que um novo presidente assumisse o clube em abril de 2017, o que deixaria sua situação como treinador em suspenso. No final Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, se manteve no cargo, mas três meses depois decidiu por sua demissão.
Na entrevista coletiva que o introduziu como treinador do Fortaleza, nesta quarta (15), Ceni fez questão de frisar, mais de uma vez, que pretende cumprir o contrato de um ano que assumiu com o time cearense. Em dois outros momentos salientou que ficou apenas por seis meses no São Paulo, pouco tempo para conduzir um trabalho vencedor. Mesmo sem fazer críticas diretas ao clube pelo qual passou 27 anos, entre jogador e treinador, demonstrou certa mágoa.
No Fortaleza, ele terá, além do salário, direito ao lucro de 50% dos produtos vendidos com sua marca, como revelou o blog. O clube pretende usar e abusar do slogan "M1to", criado quando Ceni ainda era goleiro e principal ídolo do São Paulo. A direção do time cearense espera também que Ceni atraia novos patrocinadores e sócios-torcedores.
Sobre o Autor
Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.
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