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Votação para sede da Copa-2026 terá opção de rejeitar todos os candidatos

Marcel Rizzo

19/03/2018 09h55

A votação para a escolha, ou não, da sede da Copa do Mundo de 2026, a primeira com formato estendido para 48 participantes, será em 13 de junho em Moscou, véspera da abertura do Mundial da Rússia.  Haverá pela primeira vez a opção dos filiados da Fifa votarem não para as duas candidaturas apresentadas, o que reabriria todo o processo de definição da sede — concorrem Estados Unidos, México e Canadá, em conjunto, e Marrocos.

Outra novidade será que, dessa vez, a maioria simples de votos válidos (as abstenções não entram na conta) garante a vitória, já que há apenas duas candidaturas. Para as Copas de 2018 (Russia) e 2022 (Qatar), por exemplo, foi preciso ter maioria mais um, ou seja, mais de 50% dos eleitores decidindo.

O sistema de votação, porém, era diferente. Escolhiam as sedes apenas os membros do Comitê Executivo (hoje chamado de Conselho), 24 homens à época. Para 2026 a decisão será das 211 federações filiadas, em votação eletrônica que terá o resultado divulgado no site da Fifa revelando como cada dirigente votou — suspeitas de compra de votos para as escolhas de sedes anteriores fizeram a entidade alterar seu critério de votação.

A inclusão da possibilidade de rejeitar as candidaturas apresentadas também se deu para diminuir a possibilidade de fraudes, já que se poderia dar vitórias a projetos ruins que pudessem ter agradado cartolas de outras maneiras. Na Fifa, apurou o blog, é vista como pequena essa possibilidade na escolha para a Copa de 2026 porque a candidatura tripla de EUA, México e Canadá está bem estruturada.

Marrocos apresentou na semana passada um projeto inicial para o Mundial, com 14 estádios e previsão de gastos de US$ 15 bilhões (R$ 50 bilhões) para reformas e construções de equipamentos de jogos e treinos e infraestrutura do país. A rival, porém, já tem arenas prontas, modernas, principalmente nos EUA, que as utiliza para uma de suas principais ligas, a NFL, de futebol americano. Na fase atual da Fifa de cortes de gastos após escândalos de corrupção, financeiramente seria a melhor opção.

De qualquer maneira, a Fifa avalia como interessante ver pela primeira vez todas as federações votando, e com a opção de rejeitar as candidaturas. Se isso ocorrer, seria aberta a possibilidade para qualquer país de qualquer confederação entrar na disputa, o que não ocorreu nessa primeira etapa, que pôde receber candidaturas apenas das confederações da Concacaf (Américas do Norte, Central e Caribe), África e América do Sul (que quer 2030, com Argentina, Uruguai e Paraguai), devido a um rodízio estabelecido pela Fifa.

Seriam proibidos de participar apenas EUA, México, Canadá e Marrocos, os rejeitados na primeira votação.

 

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Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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Notícias dos bastidores do esporte, mas também perfis, entrevistas e personagens com histórias a contar.


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