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Fortaleza perde patrocínio de Ceni e único parceiro é empresa de ex-cartola

Marcel Rizzo

27/03/2018 04h00

Rogério Ceni, ao lado de Marcelo Paz (esq.) e com o refrigerante Frevo à frente no dia da apresentação (Crédito: Marcel Rizzo/UOL)

Com Dassler Marques

O Fortaleza ainda busca empresas que topem um patrocínio atrelado ao técnico Rogério Ceni, contratação a peso de ouro feita em novembro do ano passado e que tinha como principal projeto de marketing acordo com parceiros que exibiriam suas marcas nas camisas usadas pelo treinador. A renda é para ser dividida entre o clube e o ex-goleiro.

Um dos patrocinadores saiu com um mês, e no momento a única empresa que tem parceria com o clube para aparecer associada ao técnico é a Servis Segurança, que pertence ao ex-presidente do Fortaleza Luis Eduardo Girão.

No dia da apresentação de Ceni, em 15 de novembro do ano passado, chegou com ele a marca de refrigerantes Frevo, com matriz no Recife mas com filiais no Ceará. No dia, o treinador até fez questão de citar o nome da empresa na entrevista coletiva, porém o casamento durou pouco. Um mês, aproximadamente.

O blog apurou que a empresa alegou novos direcionamentos para projetos de marketing, e rompeu o acordo sem gastar um centavo — o Fortaleza não estipulou uma multa em contrato.

Atualmente, somente a Servis Segurança patrocina Ceni no Fortaleza. Ela pertence a Luis Eduardo Girão, que presidiu o clube em um momento de transição, em 2017, e deixou o cargo no começo de novembro, poucos dias antes da apresentação do atual técnico. Foi Girão, entretanto, quem fez os primeiros contatos com o ex-técnico do São Paulo e deu garantias a ele de que o contrato seria cumprido.

Marcelo Paz assumiu em seu lugar, e já era ele quem estava sentado ao lado de Ceni na apresentação. Segundo o atual presidente, a disputa da Série B, que terá início em 13 de abril, pode facilitar o acordo com novos patrocinadores.

"Estamos conversando com duas empresas. O início da Série B deve ajudar, vamos ter jogos transmitidos no SporTV, a visibilidade é maior", disse Paz ao blog.

O fato de Rogério Ceni não usar camisa ou agasalho com a marca de patrocinadores durante os jogos (ele prefere uma roupa social) não interfere na busca por patrocinadores, segundo Paz. "Temos inclusive um pacote em que se a empresa pagar um valor maior ele passará a usar a marca dela nas partidas. E temos uma cota menor que é para uso nos treinamentos e entrevistas", explicou.

O Fortaleza teve apenas o Campeonato Cearense para disputar nos primeiros meses do ano, que tem alcance de mídia inferior, por exemplo, à Copa do Brasil e à Copa do Nordeste, competições que o time não conseguiu vaga para 2018 — com a vitória de 3 a 1 sobre o Floresta no domingo (25), a equipe comandada por Ceni ficou bem próximo da final do Estadual, provavelmente contra o grande rival Ceará.

O salário do técnico, que segundo informação divulgada pelo jornal O Povo é de R$ 150 mil, está sendo pago em dia, afirmou Paz, e não está ligado aos contratos de patrocínio. "É um renda extra, a ele [Ceni] e ao clube", disse o presidente. Para a Série B, o Fortaleza finaliza um contrato com a Caixa, sem ligação com o acordo de Ceni. Há ainda outros parceiros exclusivos do clube, como a Thinkseg, de seguros, e a MRV Engenharia.

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Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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