Time campeão da Libertadores em 2019 pode jogar Mundial de Clubes na China
Marcel Rizzo
04/09/2018 04h00
Desde 2015 o grupo Alibaba, gigante chinês de compras e vendas de produtos online, patrocina o Mundial de Clubes da Fifa. E o sonho dos executivos da empresa quando assinaram contrato pode estar perto de se tornar realidade e a China ser a sede da competição para os dois próximos anos, 2019 e 2020.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, ainda não desistiu de criar um super Mundial de Cubes, a partir de 2021, com 24 ou até 32 equipes para ocupar o espaço no calendário da finada Copa das Confederações, que era sempre disputada entre junho e julho do ano anterior à Copa do Mundo, no país-sede do Mundial. Como financeiramente a Copa das Confederações sempre se mostrou um fracasso, Infantino pensou em turbinar o Mundial com clubes que atraem muito dinheiro, mas até o momento enfrenta resistência justamente dessas equipes, as europeias.
De qualquer maneira, o Mundial no formato atual será mantido pelo menos até 2020, e é preciso de uma sede para as duas próximas edições – a de 2018 será, como em 2017, nos Emirados Árabes Unidos. A China nos últimos anos se tornou a principal parceira comercial da Fifa e, especificamente com o grupo Alibaba, há uma certa dívida de gratidão porque o acordo fechado em dezembro de 2015 (e que vale até 2022) foi o primeiro após o escândalo de corrupção que abalou a entidade, que levou cartolas à prisão e derrubou a cúpula da federação, entre eles o presidente Joseph Blatter.
Não há ainda uma definição sobre a sede do próximo Mundial, e o Japão também tem interesse. Desde 2005, quando o formato com sete participantes (o campeão de cada confederação, mais um representante do país-sede) foi adotado, os japoneses foram sede de oito das 14 edições. Os Emirados Árabes receberam quatro (contando 2018) e o Marrocos, duas. O Japão tevê o privilégio tantas vezes justamente por ter uma empresa do país, a Toyota, como principal patrocinadora da competição nas ocasiões.
Algo deve começar a ser definido em outubro, quando o Conselho da Fifa se reúne entre 25 e 26 em Kigali, capital da Ruanda, mas é possível que o anúncio mesmo só seja feito em dezembro, durante a realização do Mundial-2018 nos Emirados Árabes.
Sobre o Autor
Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.
Sobre o Blog
Notícias dos bastidores do esporte, mas também perfis, entrevistas e personagens com histórias a contar.