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VAR centralizado é descartado em 2019 e cada estádio terá cabine exclusiva

Marcel Rizzo

09/03/2019 04h00

O árbitro Wagner do Nascimento Magalhães consulta o VAR na final da Copa do Brasil 2018 (Crédito: Marcello Zambrana/Agif)

A CBF não desistiu de criar uma central de comando para o VAR (árbitro de vídeo, na sigla em inglês), que de um mesmo local controlaria as imagens que seriam analisadas em todas as partidas da Série A do Brasileiro e de outros torneios organizados pela confederação. Para 2019 o plano foi descartado por questões de infraestrutura e cada jogo, portanto, terá uma sala de comando dentro do estádio específica para aquele confronto.

A centralização foi usada na Copa do Mundo de 2018, na Rússia. O VOR, como é chamada a cabine onde ficam os árbitros do VAR, os monitores e operadores, ficava em Moscou. De lá, os profissionais analisaram lances das 64 partidas, se comunicando diretamente com os árbitros de campo nas 12 cidades-sede do Mundial.

O VOR em local único deixa o VAR mais barato, o que explica também porque a CBF não conseguiu diminuir o preço para a Série A. Em 2018 o orçamento era de R$ 20 milhões para as 380 partidas, em 2019 foi de quase R$ 19 mi — R$ 12 milhões serão bancados pela entidade e os cerca de R$ 7 milhões restantes pelos 20 clubes. É caro montar bases com equipamentos e profissionais em dez estádios por rodada, por isso o plano de centralizar é o ideal.

"O modelo centralizado está em estudo. Se tivéssemos estrutura poderia [ficar mais barata a operação]", disse Sérgio Corrêa, responsável pelo VAR na CBF.

O problema de infraestrutura está relacionado, principalmente, a levar as imagens dos estádios para a sala do VOR, onde quer que esteja (provavelmente a sede seria no Rio, mas não se descartaria São Paulo). Há receio de que falhas pudessem ocorrer e que os profissionais na cabine ficassem sem ter como analisar as imagens — imagine um erro de marcação de campo que não pudesse ser consertado pelo VAR.

A dificuldade citada por técnicos é devido ao tamanho continental do país e de possíveis problemas na estrutura de fibra ótica que seria necessária para que todo o processo funcionasse bem. A primeira rodada, por exemplo, terá jogos em diversos pontos do país: Porto Alegre, São Paulo (2), Rio (2), Fortaleza, Chapecó, Belo Horizonte, Salvador e Curitiba. Cada estádio dessas cidades, portanto, terá sua sala exclusiva do VAR.

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Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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