A Fifa confirmou ao blog que o Mundial de Clubes ocorrerá normalmente em 2019, com o formato atual de sete times se enfrentando em dezembro — incluindo, claro, o campeão da Libertadores deste ano que tem Cruzeiro, Inter, Palmeiras, Athletico-PR, Flamengo e Grêmio ainda com chances de ganhar.

A não indicação até o momento de um país-sede para as edições de 2019 e de 2020 do Mundial fez com que se levantasse a possibilidade, infundada, de que o torneio só voltaria a ser realizado daqui a dois anos, com o novo regulamento e os 24 participantes aprovados em março pelo Conselho da Fifa — ele será quadrienal, mas só a partir de 2021 (2025, 2029, sempre em anos ímpares anteriores aos da Copa do Mundo de seleções).

Havia até certa apreensão entre os participantes da Libertadores que aguardam ansiosos a confirmação da sede. No México o Monterrey foi campeão da Liga dos Campeões da Concacaf e será o representante do continente no Mundial deste ano, mas após vencer o Tigres, semana passada, não havia certeza nas declarações dos atletas da participação no torneio. Os demais concorrentes ainda não estão definidos.

Segundo a Fifa o país anfitrião do Mundial de 2019, provavelmente o mesmo de 2020, "será informado no devido tempo". Há atraso e a ideia da entidade era ter anunciado em março, na mesma reunião, nos EUA, que aprovou o novo Mundial a partir de 2021. Não deu principalmente pelo fator China.

O principal patrocinador do torneio é uma empresa chinesa, o Grupo Alibaba, de comércio pela internet e também por isso estava praticamente certo que os dois próximos mundiais, 2019 e 2020, seriam na China. Só que o novo formato, mais atraente pelo potencial comercial gigantesco de ter no mesmo torneio 12 grandes clubes europeus, faz com que chineses queiram o de 2021, portanto três edições seguidas no mesmo país não é considerado o ideal. Para 2019 e 2020, por enquanto, somente o Marrocos oficialmente se apresentou como candidato — o país africano já recebeu o torneio nas edições de 2013 e 2014. A escolha deve ser anunciada em junho, em Paris.

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O Mundial de Clubes da Fifa no formato atual ocorre anualmente desde 2005, com os seis campeões continentais mais um representante do país-sede se enfrentando em jogos eliminatórios em dezembro. A partir de 2021 serão 24 participantes, 12 da Europa (que ensaia um boicote que não deve se concretizar) e seis da América do Sul — há chance de cinco times brasileiros disputarem a primeira edição daqui a dois anos, entre junho e julho. 

Se a Conmebol confirmar que para 2021 os quatro últimos campeões da Libertadores estarão classificados (2017, 2018, 2019 e 2020), quem levantar a taça este ano se garantirá, portanto, em dois Mundiais — o deste ano, ainda sem sede, e o primeiro no formato novo daqui a dois anos.