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CBF projeta receita de R$ 153 mi com ingressos na Copa feminina em 2023

Marcel Rizzo

02/01/2020 04h00

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) projeta uma receita de US$ 38,3 milhões (R$ 153,6 milhões) com a venda de ingressos caso receba a Copa do Mundo feminina de futebol em 2023. O número está no documento enviado pela entidade para a Fifa com o projeto para ser sede da competição. O Brasil disputa com outras três candidaturas: Japão, Colômbia e a conjunta de Nova Zelândia e Austrália. A Fifa terá uma definição em seu Congresso de junho de 2020 que será em Adis Abeba, na Etiópia.

A proposta brasileira prevê ingressos com preço variando de US$ 5 (R$ 20), para pessoas com deficiência, a US$ 94 (R$ 377), da categoria 1 para a final do Maracanã, no Rio. Esses valores não incluem os bilhetes de hospitalidade, que integram camarotes e áreas VIPs e que, segundo a projeção da CBF, podem render mais US$ 27,6 milhões (R$ 111 milhões) com custo que vai variar de US$ 153 (R$ 613) a US$ 791 (R$ 3.174).

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A estimativa de receita total é de US$ 70,69 milhões (R$ 283,7 milhões) que inclui, além de ingressos e áreas de hospitalidade, os patrocinadores, venda de alimentos e bebidas e produtos licenciados. No documento entregue à Fifa, a CBF diz que o valor seria suficiente para a realização da competição.

A confederação brasileira projeta seis patrocinadores, cada um desembolsando US$ 500 mil (R$ 2 milhões) num total, portanto, de US$ 3 milhões (R$ 12 milhões). O curioso é que no documento entregue a CBF estima que esses parceiros sejam os mesmos que já investem na entidade. Hoje são nove patrocinadores: Nike (seu principal parceiro há anos e que desembolsa a maior quantia anualmente), Itaú, Vivo, Ambev (com a marca Guaraná Antártica), Mastercard, GOL, Cimed, Semp TCL e Fiat.

Entre alimentação e venda de produtos licenciados a CBF projeta algo em torno de US$ 1,75 milhão (R$ 7 milhões). Esses números são todos estimativas e podem mudar em duas condições: mercado, já que a competição será apenas em 2023, e por determinação da Fifa. Caso o Brasil seja escolhido a entidade mundial pode achar os valores praticados muito altos ou baixos.

A Colômbia, por exemplo, prevê vender ingressos a no máximo US$ 45 (R$ 180). A candidatura conjunta de Austrália e Nova Zelândia apresentou números mais próximos da brasileira, com entradas variando entre US$ 5 (com um detalhe: para crianças) e US$ 87 (R$ 349) na final. O Japão não detalhou esses dados, que segundo o comitê serão discutidos com a Fifa caso o país receba o direito de receber a competição.

O projeto brasileiro prevê jogos em oito estádios, o mínimo que a Fifa exige: Maracanã (Rio), Arena Corinthians (São Paulo), Beira-Rio (Porto Alegre), Mineirão (Belo Horizonte), Mané Garrincha (Brasília), Arena da Amazônia (Manaus), Arena Pernambuco (próximo a Recife) e Arena Fonte Nova (Salvador). Será a primeira Copa feminina com 32 seleções.

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Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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