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Marcel Rizzo

Fifa prioriza árbitros de vídeo da América e Europa em Mundial de Clubes

Marcel Rizzo

04/12/2017 04h00

Para o Mundial de Clubes que começa na próxima quarta-feira (6), nos Emirados Árabes, a Fifa definiu que quatro confederações cederão profissionais para trabalharem como árbitros de vídeo: Europa e América do Sul enviarão três cada, e Américas do Norte e Central e Ásia, um cada.

É diferente do que ocorreu na competição de 2016, disputada no Japão, quando as seis confederações enviaram um representante cada. Foi, na ocasião, a primeira experiência em torneio oficial da Fifa da tecnologia para rever lances duvidosos em um jogo de futebol, e ocorreram alguns problemas, como demora excessiva para que se chegasse a uma conclusão, com o jogo parado muito tempo, algo que a Fifa considera como um dos piores cenários para o VAR (árbitro de vídeo).

A exclusão de representantes da África e da Oceania como árbitros de vídeo no Mundial-2017 mostra que a Fifa está preocupada em formar especialistas na função, apesar de isso ainda não ocorrer em nenhuma confederação. O blog apurou que a avaliação é que as arbitragens africana e da Oceania, hoje, são as mais atrasadas com relação aos testes realizados para o uso de imagens.

Os mais adiantados são europeus e sul-americanos, que terão os principais representantes na competição. O brasileiro Wilton Pereira Sampaio foi escolhido como um dos oito árbitros de vídeo do Mundial de Clubes, ao lado de outros dois sul-americanos, o argentino Mauro Vigliano e o uruguaio Andrés Cunha. Este último é considerado hoje, se houvesse um ranking, o principal árbitro para conduzir o trabalho com vídeo na América do Sul.

Há muitas questões pendentes com relação ao uso da tecnologia do futebol, e recentemente reclamação formal do Grêmio à Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) levantou ponto importante do árbitro de vídeo: quando parar a partida para utilizá-lo. Na regra, os assistentes só devem chamar o árbitro de campo para uma correção quando o erro for claro.

Na primeira partida da final da Libertadores, o atacante Jael foi empurrado dentro da área por Aguirre, do Lanús, no último minuto da partida, e não houve o procedimento para uso da imagem. O blog apurou que uma das principais dúvidas de árbitros no Brasil e na América do Sul é o de quando acionar o juiz principal em lances subjetivos, como faltas por exemplo.

Por isso a Fifa quer especialistas na função, treinados principalmente para isso. No Brasil, três árbitros principalmente têm se especializado no tema: Sampaio, Sandro Meira Ricci, que estará no Mundial de Clubes como árbitro de campo (e está convocado para a Copa-2018, na Rússia), e Anderson Daronco.

Campeão da Libertadores, o Grêmio estreia no Mundial dia 12 de dezembro, contra o vencedor do jogo entre Pachuca, do México, e Wydad, de Marrocos.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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