Topo

Marcel Rizzo

Reconhecimento de mundiais envolveu Copa-2026 e volta da Intercontinental

Marcel Rizzo

27/10/2017 10h00

A Conmebol chegou à reunião do Conselho da Fifa (antigo Comitê Executivo) com os apoios da Concacaf (Confederação das Américas do Norte, Central e Caribe), encabeçada pelos EUA, e da Ásia para que seu pedido de que fossem reconhecidos como campeões mundiais os clubes vencedores da Copa Intercontinental entre 1960 e 2004 fosse atendido.

Aos americanos foi prometido apoio incondicional ao pleito de EUA, Canadá e México de ser sede da Copa do Mundo de 2026 — o Marrocos também tem interesse, e por isso os africanos, num primeiro momento, se mostraram contra a oficialização dos mundiais, como revelou o jornalista Rodrigo Mattos.

Aos asiáticos há a promessa de que a nova Copa Intercontinental, confronto que deverá voltar a acontecer a partir de 2019, terá jogos no continente. Além do Japão, que recebeu o jogo entre sul-americanos e europeus entre 1980 e 2004, a China e a Coreia do Sul querem ver em campo o campeão da Liga dos Campeões versus o campeão da Libertadores.

A nova Copa Intercontinental vai entrar no calendário da Fifa porque a entidade quer mudar seu Mundial de Clubes, hoje disputado anualmente por sete clubes, o campeão de cada continente, mais um representante do país-sede. A Fifa considera o torneio pouco atraente, e quer turbiná-lo com até 16 equipes, que jogariam a cada quatro anos nos anos ímpares anteriores aos da Copa do Mundo – ocupando lugar no calendário da Copa das Confederações, torneio entre seleções que vai acabar.

Não está claro, ainda, se o Intercontinental também seria disputado nos anos em que o Mundial da Fifa acontecesse, o que geraria dois campeões do mundo no mesmo ano, levando em conta agora que a Fifa considera, e pretende considerar, os vencedores do Intercontinental como vencedores mundiais — isso ocorreu agora, já que em 2000 o Corinthians ganhou o Mundial da Fifa, e o Boca Juniors (ARG) o Intercontinental no Japão.

Após o encontro do Conselho da Fifa nesta sexta (27), realizado na Índia (onde ocorre o Mundial Sub-17), a Fifa decretou com todas as letras que o confronto entre sul-americanos e europeus realizado até a entidade criar seu Mundial, em 2000 e ininterruptamente a partir de 2005, pode ser considerado mundial de clubes.

Os brasileiros Flamengo, Santos e Grêmio são considerados então campeões do mundo, e o São Paulo, que venceu o da Fifa em 2005, ganhou mais dois torneios oficiais. A Copa Rio de 1951, torneio vencido pelo Palmeiras e considerado pela Fifa como primeira competição global do futebol, não entrou na pauta da oficialização nesta sexta.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

Sobre o Blog

Notícias dos bastidores do esporte, mas também perfis, entrevistas e personagens com histórias a contar.