Conmebol evita argentino em jantar para tranquilizar Palmeiras e Grêmio

Da esq. para a dir.:Arturo Montero, Gonzalo Belloso, Daniel Angelici, Maurício Galiotte, Alejandro Dominguez, Romildo Bolzan Jr., Rodolfo D'Onofrio, Mario Zanotti e Rogério Caboclo durante jantar na casa de presidente da Conmebol (Crédito: reprodução Twitter)

Um jantar foi realizado na casa do presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), o paraguaio Alejandro Dominguez, e sem a presença de representantes da AFA (Associação de Futebol da Argentina).

Dias depois de se preocuparem com a informação de que Claudio Tapia, presidente da AFA e vice da Conmebol ganharia também uma cadeira no Conselho da Fifa, o que poderia aumentar a influência de seu país na entidade às vésperas de confrontos semifinais de Libertadores entre Brasil e Argentina, cartolas brasileiros foram recebidos por Dominguez junto ao presidente eleito da CBF.

Na terça (16), os presidentes dos quatro clubes semifinalistas da Libertadores (Palmeiras, Grêmio, River Plate e Boca Jrs.) jantaram na casa de Dominguez depois de participarem na sede da Conmebol, em Assunção, de reuniões sobre fair play, uso de VAR (árbitro de vídeo), entre outros assuntos para as finais do torneio.

Com eles estavam dirigentes da Conmebol e o diretor executivo da CBF, e presidente eleito da confederação brasileira, Rogério Caboclo. A Conmebol não informou oficialmente porque ali não havia também representantes da AFA, mas o blog apurou que a cúpula da confederação sul-americana quis mostrar aos brasileiros que há equivalência de forças na entidade entre os dois países, principais representantes do continente.

Houve preocupação na Conmebol depois que Cruzeiro e CBF reclamaram oficialmente de lance de expulsão do zagueiro Dedé em um dos jogos das quartas de final da Libertadores, contra o Boca. Os argentinos avançaram, mas o Tribunal de Disciplina da Conmebol chegou a anular o cartão vermelho por considerar que a jogada, uma cabeçada no goleiro Andrada em lance dividido, foi normal.

Estiveram no encontro Maurício Galiotte e Romildo Bolzan Jr, presidentes de Palmeiras e Grêmio respectivamente, além de Rodolfo D'Onofrio, chefe do River Plate, e Daniel Angelici, do Boca. Com Dominguez e Caboclo participaram do encontro também Gonzalo Belloso, diretor de desenvolvimento da Conmebol, e dois assessores do presidente da confederação sul-americana, Mario Zanotti e Arturo Montero.

A presença de Angelici pode ter significado, mesmo que não oficial, a presença da AFA no encontro, já que ele tem bastante influência na associação (Tapia, apurou o blog, não é visto com bons olhos por alguns dirigentes em Assunção). De qualquer forma, Dominguez sinalizou aos brasileiros que não há influência de argentinos na confederação e que não é preciso se preocupar com a arbitragem, por exemplo.

As semifinais da Libertadores serão Palmeiras x Boca, que se enfrentam dias 24 de outubro, em La Bombonera, e 31 de outubro, no Allianz Parque, e Grêmio x River Plate, que jogam dias 23 de outubro, no Monumental de Nuñez, e dia 30 de outubro, na Arena gremista em Porto Alegre.