Cartolas sugerem manobra para que novo presidente já assuma CBF em 2018
Alguns presidentes de federações defendem manobra para que a presidência de fato de Rogério Caboclo na CBF comece já em 2018, e não apenas em abril de 2019. Apesar de a eleição ocorrer esse ano, provavelmente na segunda quinzena de abril, o mandato do escolhido só se inicia daqui a mais de um ano.
Como conseguiu apoio da maioria das federações estaduais, Caboclo será candidato único, apoiado pelo atual presidente Marco Polo Del Nero, afastado provisoriamente por denúncias de corrupção. Não há como uma outra chapa ser inscrita. Portanto, ele será o presidente, então por que esperar um ano para que isso se concretize, é o que perguntam alguns dirigentes. E o que pode ser feito?
Uma alternativa que já foi sugerida a Del Nero e Caboclo é toda a diretoria atual renunciar. Teriam que fazer isso Del Nero, caso ainda não esteja suspenso definitivamente pelo Comitê de Ética da Fifa, decisão que pode sair essa semana, ou ser adiada por mais 45 dias, e os quatro vices: Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, que preside interinamente a CBF no momento, Marcus Vicente, Gustavo Feijó e Fernando Sarney.
Se fizeram isso, segundo apurou o blog, o estatuto manda que ocorra uma nova eleição, e quem vencer assume imediatamente. Há, porém, duas situações. Se as renúncias ocorrerem antes da eleição, Caboclo assumiria somente até o fim do mandato atual ou para o ciclo 2019/2022? E se Caboclo for eleito para o mandato que começa em 2019, e na sequência a diretoria atual renunciar, ele antecipa a posse?
Essas dúvidas jurídicas fazem, nesse momento, tanto Del Nero quanto Caboclo ficarem reticentes quanto a usar essa estratégia. De fato, Caboclo, atualmente diretor-executivo da CBF, já detém o comando da entidade, com Coronel Nunes apenas como o homem que assina as decisões — e quem completará o mandato caso Del Nero seja banido definitivamente por alguns anos de qualquer atividade ligada ao futebol.
Só que nas reuniões do fim da semana passada com presidentes de federações, Caboclo ouviu de alguns cartolas que gostariam que ele assumisse a entidade oficialmente antes de abril de 2019, até para deixar claro para a Fifa que houve mudança. Uma das promessas aos dirigentes para que apoiassem a chapa única com Caboclo, como revelou o jornalista Rodrigo Mattos em seu blog, foi o de liberar os R$ 100 milhões do dinheiro do legado da Fifa, que ainda está pendente com as acusações de corrupção no futebol brasileiro. Os presidentes avaliam que o quanto antes ficar claro que há um novo comando, mais fácil será ter esse dinheiro para investir em seus estados.
Convencer os atuais vices a renunciar seria uma parte fácil, já que todos eles continuarão como vices na chapa de Rogério Caboclo, como mostrou o blog no sábado. A partir do próximo mandato a CBF terá oito vice-presidentes, e os quatro atuais estarão mantidos. As novidades serão Castellar Neto, de Minas Gerais, Ednaldo Rodrigues, da Bahia, Francisco Noveletto, do Rio Grande do Sul, e Antônio Aquino Lopes, do Acre.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.