Polêmica na Copa do Brasil mantém ideia de uso do VAR na Série A só em 2019
O uso do VAR (árbitro de vídeo) nas rodadas finais da Série A do Brasileiro ainda em 2018 continua descartado pela CBF. Falta de profissionais treinados, de equipamentos, de quem arcaria com os custos e a necessidade de os clubes aprovarem se mantêm como os principais motivos, somado agora das reclamações do protocolo utilizado na final da Copa do Brasil, na quarta (17) – o jogo Corinthians 1 x 2 Cruzeiro teve a tecnologia.
Dirigentes do Palmeiras, depois o técnico do Inter, Odair Hellmann, pediram o árbitro de vídeo nas rodadas finais do Brasileiro. O coordenador do VAR da CBF, o ex-árbitro Manoel Serapião Filho, chegou a falar em entrevista ao Globoesporte.com sobre a possibilidade do uso ainda em 2018, mas a diretoria da confederação brasileira não se movimentou até o momento para que isso ocorra. E nem deve se movimentar.
"Nenhuma previsão da presidência sobre isso [uso do VAR nas rodadas finais do Brasileiro]", disse Marcos Marinho, chefe da comissão de arbitragem da CBF.
A CBF, apurou o blog, avalia que o protocolo usado pelo árbitro Wagner do Nascimento Magalhães foi correto na finalíssima da Copa do Brasil. Dois lances geraram polêmica: um pênalti marcado a favor do Corinthians, e uma falta anotada sobre o zagueiro Dedé em lance de gol corintiano. Nos dois o juiz foi à beira do gramado ver a imagem em monitor, por serem jogadas interpretativas, e decidiu alterar a decisão tomada inicialmente.
Na análise de membros da CBF, porém, o momento é de cautela para uso do VAR. Há compreensão de que é preciso treinamento, até mesmo para árbitros que já trabalharam com a tecnologia, e não haveria tempo hábil para preparar equipes que comandassem, por exemplo, dez jogos em uma mesma rodada — seriam necessários cerca de 30 profissionais, já que são três nas cabines com os monitores por confronto. Hoje 32 estão certificados para trabalhar como VAR.
O trabalho da CBF continua o mesmo: treinamento, e tentativa de diminuir os custos para 2019. O preço de R$ 50 mil por jogo é considerado alto pelos clubes, que não toparam arcar com esses valores para o Brasileiro 2018. Há uma força-tarefa que tente deixar em R$ 30 mil, em média, o valor para cada partida que tiver o VAR.
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