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Marcel Rizzo

Brasil não terá o Mundial de Clubes em 2021; China deve ser anunciada

Marcel Rizzo

21/10/2019 10h56

O Conselho da Fifa anuncia na quinta-feira (24) a sede do Mundial de Clubes 2021, o primeiro com 24 participantes e aposta da entidade para substituir a desprestigiada Copa das Confederações. O Brasil sonhou em receber a competição, mas já foi avisado que ela será realizada na Ásia. A China deverá ser confirmada não coincidentemente após a reunião em Shangai.

O  blog apurou que a intenção da cúpula da Fifa é ter apenas a China como candidata durante a reunião de seu Conselho, com inicio às 9h de Shangai de quinta (24), 22h de Brasília de quarta (23). Será uma aclamação, portanto, e não uma votação. Dois motivos fazem a Fifa praticamente dar o torneio aos chineses:

1) a entidade quer usar o Mundial de Clubes como evento-teste das Copas do Mundo, já que será sempre realizado um ano antes. Mas isso foi impossível desta vez, já que a Copa-2022 será no Qatar e por lá faz muito calor entre junho e julho, quando será disputado o torneio de clubes (tanto que a Copa será entre novembro e dezembro). Mesmo assim, a Fifa faz questão que o campeonato fique na Ásia, para manter o que deve se tornar um rodízio. O Mundial de Clubes de 2025, por exemplo, deve ser realizado na América do Norte já que a Copa-2026 será dividida entre EUA, Canadá e México.

2) A China, há algum tempo, pleiteia torneios importantes e hoje tem suas empresas como principais financiadoras da Fifa e do Mundial de Clubes. O Grupo Alibaba, especializado em comércio online, é o patrocinador exclusivo do Mundial até 2022. O conglomerado Wanda Group, que engloba empreendimentos imobiliários, é um dos seis patrocinadores master da Fifa, ao lado de parceiros antigos como Adidas e Coca-Cola, e a de telefonia Vivo (sem relação com a empresa brasileira), é um dos patrocinadores oficiais da Copa-2022. Ainda nem há candidaturas anunciadas, mas a China é favorita para receber a Copa do Mundo de 2034.

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O novo Mundial de Clubes da Fifa terá 24 participantes e a reunião do Conselho desta semana servirá também para definir de uma vez por todas quantos times de cada continente o disputarão. A Fifa queria, inicialmente, 12 europeus, mas com a pressão das equipes da Uefa (União Europeia de Futebol) contra a criação de mais um torneio, esse número deve ficar em oito. A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) terá seis vagas e ainda discute como indicará seus representantes — a ideia mais recente é a de reeditar a Supercopa dos campeões da Libertadores para definir duas vagas, com as outras quatro dadas aos campeões de 2019 e 2020 da Libertadores e da Sul-Americana. A CBF é contra a criação da Supercopa.

Se não terá o torneio de clubes, o Brasil pode sair de Shangai com sede de um torneio considerado importante pela Fifa, o Mundial Sub-20 em 2021. A CBF disputa contra o Peru e a Indonésia. Esta última é considerada favorita. Se vencer, o Brasil pretende organizar o torneio com sedes apenas no Nordeste — jogos em Fortaleza, Recife, Natal e talvez Aracaju, João Pessoa e Maceió.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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