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Mundial da Fifa pode ter até cinco times brasileiros na nova edição em 2021

Marcel Rizzo

24/04/2019 11h00

Troféu do atual Mundial de Clubes da Fifa (Crédito: Divulgação)

A Conmebol pretende definir nos próximos meses o critério que vai adotar para indicar os seis representantes sul-americanos no Mundial de Clubes inchado com 24 times, aprovado pela Fifa em março e que será quadrienal a partir de 2021. Está 99,99% certo que os quatro últimos campeões da Libertadores antes da competição, entre 2017 e 2020 portanto, serão indicados, o que colocaria o Grêmio (que levantou a taça dois anos atrás) e o River Plate (2018) dentro. As duas últimas vagas ficariam entre os quatro ganhadores da Sul-Americana, também entre 2017 e 2020, que disputariam um torneio entre eles para definir os classificados.

Isso faz com que cinco times brasileiros possam estar no Mundial em 2021 — somente os argentinos também podem alcançar essa marca. É necessário, claro, otimismo para que isso ocorra: o Brasil precisa vencer a Libertadores em 2019 e 2020 e ao menos mais uma Sul-Americana até 2020 para ter dois times, além do Athletico-PR, campeão da segunda competição de clubes do continente em 2018, no mini torneio que deve definir duas vagas ao Mundial.

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A Conmebol tem detalhes a resolver, além do critério de indicações. Por exemplo: o que fazer se houver repetição de campeões. Se o Grêmio ou o River Plate ganharem a Libertadores novamente até 2020, ou o Athletico a Sul-Americana ou até mesmo a Libertadores, quem herdaria as vagas? Os vices ou se usaria o ranking de clubes, que alguns até defendem que pudesse ser um critério de classificação em vez de dar a vaga a campeões da Sul-Americana?

Cruzeiro e Inter já têm classificação assegurada nas oitavas de final da Libertadores deste ano. Athletico, Flamengo e Palmeiras estão próximos e o Grêmio vai disputar a sua na última rodada da fase de grupos, contra a Universidad Católica (CHI). O Atlético-MG foi eliminado ao perder na terça (23) para o Nacional (URU), mas se garantir o terceiro lugar da chave se juntará a Fluminense, Corinthians e Botafogo na Sul-Americana de 2019, que também poderá levar ao Mundial.

Dirigentes da Fifa, em conversa informal com representantes da Conmebol recentemente, disseram que seria muito interessante ter vários brasileiros e argentinos no primeiro Mundial no novo formato, para valorizá-lo. Os europeus, que ensaiam um boicote que não deve se concretizar, terão 12 representantes e a Fifa chegou até a pensar em usar convite a times tradicionais para turbinar o torneio. Isso não deve ocorrer, as vagas serão por critérios técnicos, mas não se imagina o campeonato sem alguns dos grandes clubes como Real Madrid, Barcelona, Juventus, Bayern de Munique e vários ingleses.

O Mundial no formato atual, com sete participantes (o campeão de cada continente mais o representante do país-sede), está mantido para 2019 e 2020, segundo a Fifa. Ainda não há sede definida — Marrocos demonstrou interesse em receber essas duas próximas edições, mas o Conselho da entidade só deve definir algo em junho.

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Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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