Xangai será sede da final do Super Mundial de Clubes que terá o Flamengo
Marcel Rizzo
13/01/2020 10h50
Xangai é a cidade escolhida pela Fifa e pela federação chinesa para receber a final da primeira edição turbinada do Mundial de Clubes com 24 participantes, em 2021. No fim de dezembro passado a China divulgou as oito sedes da competição — a escolha por Xangai para a final foi da Fifa por questão de estrutura para receber convidados, apurou o blog. Durante a competição ocorrerão reuniões de comitês e do Conselho da entidade que comanda o futebol.
As outras cidades que terão jogos do Mundial em novo formato são Tianjin, Guangzhou, Wuhan, Shenyang, Jinan, Hangzhou e Dalian. A capital Pequim ficou fora do Mundial de Clubes, mas receberá a final da Copa da Ásia, torneio de seleções que será realizado no país em 2023. O local de abertura do Mundial ainda está em discussão, mas pode ser também em Xangai.
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O Flamengo, como campeão da Libertadores-2019, já tem vaga assegurada no Mundial de 2021, que terá seis clubes sul-americanos se nada mudar. A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) chegou a anunciar no telão do estádio do Cerro Porteño, em Assunção, após o Independiente Del Valle (EQU) bater o Colón (ARG) e vencer a Sul-Americana-2019 que os equatorianos também estariam classificados para o Mundial da China, mas a Fifa bate o pé para que a Libertadores seja a principal porta de classificação da América do Sul para o torneio. A Conmebol deve definir em março como se dará o critério de classificação para a competição de clubes de 2021.
Para a Fifa, por exemplo, classificar vices da Libertadores é interessante porque o River Plate, uma das forças do continente, estaria dentro pelo segundo lugar obtido em 2019. A entidade quer que a primeira edição tenha participantes com bom número de torcedores e times mais tradicionais, para alavancar a competição financeiramente. É importante que o Mundial dê mais lucro do que a finada Copa das Confederações, torneio de seleções que o Mundial turbinado substituirá no calendário a cada quatro anos.
Os europeus, que ensaiaram um boicote mas que por ser um mercado atraente gostaram de que a Fifa escolheu a China como sede da primeira edição, terão oito vagas a princípio. Liverpool, Real Madrid, Chelsea e Atlético de Madri, que venceram recentemente as Ligas dos Campeões e da Europa, já estão dentro.
O Mundial de Clubes no formato atual, com sete participantes (o campeão de cada confederação, mais um convidado do país-sede) será disputado pela última vez em dezembro de 2020, novamente no Qatar — como em 2019, com o título do Liverpool sobre o Flamengo na final. A partir de 2021 ele será realizado apenas a cada quatro anos, preferencialmente no país, ou países, que no ano seguinte receberá a Copa do Mundo. Em 2025, por exemplo, deve ser nos EUA, México e Canadá.
Sobre o Autor
Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.
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